O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, será o coordenador de um curso na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), vinculada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Guararema, no interior paulista. O anúncio foi feito no sábado (25/09/2023), quando Almeida participou do debate “Direitos humanos, racismo estrutural e democracia brasileira”, realizado na escola.
Os detalhes do curso ainda serão definidos. A coordenadora geral da escola, Rosana Fernandes, adiantou que a formação deve abordar os temas da teoria e de estado e teoria do direito. “Estamos considerando o ministro, companheiro Silvio Almeida, como mais um professor da Escola Nacional. Isso é uma de uma importância tamanha, ele se colocar nessa construção de formação política, que é tarefa principal que a escola desenvolve”, resumiu.
Durante o evento do último sábado, Almeida reforçou a importância do combate à letalidade da população negra e jovem no país. Ele disse que, como ministro de Estado, vai seguir trabalhando em busca de políticas que facilitem a mudança desse cenário.
“O racismo é o racismo moldado pelas transformações sociais do capitalismo. Tem o racismo do neoliberalismo, que termina sabe como? Com o extermínio do jovem negro na periferia. Porque não tem lugar onde colocar essa gente dentro dessa economia que a gente vive. Esse é o projeto: matar jovem preto. Que é uma coisa que não está sob o domínio de um governante, é a própria dinâmica de agir do estado que vai fazer isso”, pontuou.
Além de participar do debate, Almeida conheceu as instalações da escola em uma visita guiada e plantou um pé de ipê no Bosque da Solidariedade, que fica nas instalações da escola. Ele ainda assinou o manifesto Cuba Vive e Resiste, em prol da retirada de Cuba dos países patrocinadores do terrorismo.
Edição: Thalita Pires (BrasildeFato)