“Hoje, 152 acampamentos do MST estão com ameaça de despejo, apesar disso, saímos de 2018 com a certeza de que aumentamos a nossa base de luta”
“O que seria deste mundo sem militantes? Como seria a condição humana se não houvesse militantes? Não porque os militantes sejam perfeitos, porque tenham sempre a razão, porque sejam super-homens e não se equivoquem. Não é isso. É que os militantes não vêm para buscar o seu, vem entregar a alma por um punhado de sonhos. Ao fim e ao cabo, o progresso da condição humana depende fundamentalmente de que exista gente que se sinta feliz em gastar sua vida a serviço do progresso humano. Ser militante não é carregar uma cruz de sacrifício. É viver a glória interior de lutar pela liberdade em seu sentido transcendente”.
Relembrando a fala do ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica, cerca de 700 pessoas, representantes de movimentos populares, partidos políticos, organizações da sociedade civil e militantes Sem Terra, reuniram-se na manhã deste sábado (8), na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, região metropolitana de São Paulo, para o Encontro Anual de Amigos do MST.
A mesa de abertura contou com as falas de João Paulo Rodrigues e Gilmar Mauro, ambos da direção nacional do MST, e da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Para Rodrigues, mais do que uma confraternização, a atividade representou um momento de consolidação de lutas e discussões acerca dos rumos do próximo período.
Durante a sua fala ele também citou alguns números do MST, que em 2018 ocupou 60 latifúndios improdutivos e montou 800 acampamentos com 90 mil pessoas.